sábado, 23 de fevereiro de 2013

Lula: "nós queremos comparação, inclusive sobre corrupção"

Lula: "nós queremos comparação, inclusive sobre corrupção":
Piero Locatelli 





O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira 20 que o PT não vai fugir do debate sobre corrupção com os tucanos. Em discurso na comemoração dos dez anos do partido na Presidência, ele rebateu as críticas feitas nos últimos dias pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).

“Nós não temos medo de comparação, inclusive comparação em debate sobre corrupção,” disse o ex-presidente no evento realizado na zona norte de São Paulo. Na terça-feira 19, FHC divulgou um vídeo dizendo que as comparações feitas pelo PT com a sua gestão na presidência (1995-2002) são “coisa de criança” e “parecem picuinha”.

Lula falou que só o fato do seu partido passar oito anos no poder já deixa a oposição nervosa.  “Eles estão inquietos porque percebem que estão sem valores, sem discursos, sem propostas. Porque todas as coisas que eles pensaram em fazer nós fizemos mais e fizemos melhor. É por isso que nós queremos fazer esse debate.”

O ex-presidente também fez referência ao discurso do senador tucano Aécio Neves (MG) nesta quarta. Nele, o mineiro elencou 13 erros do PT cometidos nos últimos anos. “Eu não vou responder a eles. Só queria dizer que a resposta que o PT deve dar é dizer para eles que podem se preparar, juntar quem eles quiserem. Porque, se eles têm dúvida, nós vamos dar como resposta a reeleição da presidenta Dilma,” disse Lula.



Lula e Dilma também usaram o discurso para criticar a imprensa. “Na ausência de uma partido da oposição, um setor da imprensa fazia oposição. Eu fico preocupado porque quando critico a imprensa , eles dizem: ‘Lula ataca a imprensa’. E, quando eles me atacam, dizem: ‘Fizemos uma crítica’.”

Já a presidenta Dilma disse que não pode se calar diante das críticas. “Como reagem agora determinados setores frente ao avanço do combate à miséria? Alguns tentam dizer que esse feito não passa de um mero jogo estatístico. Outros preferem inverter o significado das coisas e destacar, de forma exagerada, o que falta ser feito,” disse a presidenta. Na terça-feira 19, Dilma lançou programa o programa Brasil sem Miséria, que complementa o Bolsa Família para que a população supere a renda de 70 reais mensais por pessoa, considerada a linha da miséria.

Coube ao deputado estadual e presidente do partido, Rui Falcão (SP), defender a regulação dos órgãos de imprensa. “É inadiável o alargamento da liberdade de expressão no país, da democracia e dos meios de comunicação tal qual está previsto na Constituição e que esperam a anos por uma regulamentação.”

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