domingo, 4 de dezembro de 2011

Entrou para a história o Sócrates Brasileiro.

Notícias sobre morte de celebridades estampam os jornais todos os dias. Estão banalizadas! Hoje só me sensibilizo para amigos ou conhecidos, aos demais dedico, a alguns, solidariedade ou indignação, dependendo da causa mortis. Amanhecer um domingo de final de brasileirão recebendo a tão previsível quanto indesejada notícia da morte do Dr. Sócrates me entristeceu de uma forma surpreendente. Afinal por que tanto abatimento? Uma curta meditação e me veio à resposta: O Dotô leva consigo uma parte da minha geração, de certa forma, uma parte de mim. O futebol arte, o bom futebol, aquele que de 1982 que ainda não trazendo o “caneco” foi recepcionado com toda pompa merecida, não pela mídia subserviente, mas pela torcida apaixonada e grata por ter sido encantada, respeitada e enaltecida pelo seu escrete que representou com maestria aquilo que todo torcedor gosta de ver; seu time jogar bem, com raça e determinação.

O Dr. Sócrates Brasileiro, agora será imortalizado. Passado os primeiros momentos de consumo da Globo e da CBF, que ele corajosamente enfrentou a ambas, na sua luta heróica pela democracia no futebol e pela democratização do país na campanha das diretas, ficará nos corações e mentes dos verdadeiros amantes do futebol, os muito que pagamos, a lembrança de um gênio de sua geração, de um grande profissional, que lutou pela sua categoria e buscou como um verdadeiro revolucionário contribuir mais para a história, que para sua conta bancária, mais para o seu povo que para o seu ego, e mesmo sendo genial, grande orador e profundo e crítico conhecedor do nosso futebol, não capitulou diante da imprensa golpista em troca de pouco. O Doutor sai da cena e entra para história, como um grande Brasileiro, o nosso Sócrates Brasileiro.