quinta-feira, 9 de junho de 2011

Projeto Chess Cidadania






A sociedade reivindica pessoas inteligentes e cultas que estejam aptas a pensar diante de situações cada vez mais complexas. De acordo com Edward de Bono, pai do pensamento lateral, “a educação atual desperdiça dois terços dos talentos dos seres humanos” e “a criatividade e o pensamento são as commodities do futuro”. Devemos então preparar nossos jovens para pensar. E pensar criativamente. A prática do Xadrez Escolar aponta essencialmente para essa prerrogativa. Quando um enxadrista prevê por meio de cálculos ou por insight uma variante de mate para poder anunciá-la antecipadamente, possui um dos maiores capitais de um jogador treinado ou de um mestre. Ver em xadrez é prever num universo de causas e conseqüências a realização de um projeto. A analogia com a habilidade desenvolvida pelos enxadristas desde a sua iniciação revela de que forma podemos capacitar o jovem a pensar. Como pensam os enxadristas? Claramente estão treinados na prolixidade de saber estabelecer e hierarquizar opções diante de uma solução problemática frente ao jogo. Pensar corretamente não é um ato isolado e aleatório. Precisa de cultivo. Quando um jovem educando aprende a discernir sobre a validade das avaliações dirigidas por si mesmo se capacita ao re-aprendizado, categoria um tanto quanto desprezada pelos sistemas educacionais vigentes.
O funcionamento de um grupo de estudo de xadrez na comunidade pastoral de Mãe Luisa aponta para a criação de condições do exercício da cidadania, na medida em que promove a socialização de crianças e adolescentes em torno de uma atividade lúdica produtiva, proporcionando diversão e aprendizado num formato multidisciplinar que abrange a inclusão digital, a iniciação ao uso da língua estrangeira na forma instrumental e a perspectiva de interação com outros grupos sociais quando da participação em torneios. A prática do xadrez escolar, segundo a UNESCO proporciona ao educando o desenvolvimento de habilidades tais como:
1. A atenção e a concentração;
2. O julgamento;
3. A imaginação e a antecipação;
4. A memória;
5. A vontade de vencer, a paciência e o autocontrole;
6. O espírito de decisão e a coragem;
7. A lógica matemática, o raciocínio analítico e sintético;
8. A criatividade;
9. A inteligência.