domingo, 27 de junho de 2010

Hexa com Dunga!

Dunga me surpreendeu! Com nome de anão, o menor e mais patético deles, chegou à seleção por caminhos suspeitos: indicado para o primeiro emprego pelo chefão. Sempre que isso acontece algum desastre se prenuncia. Um emprego altamente cobiçado, considerado ápice da carreira de técnico de futebol num país de 120 milhões de técnicos é agora ocupado por um principiante. Suspeitíssimo! Especulações de toda sorte cercam a inusitada decisão. Eu um entre os 120 milhões dos preteridos imaginei que a escolha do Teixeira seguia os parâmetros da antiga CBD quando da substituição do João Saldanha pelo Zagalo, afinal ele é genro do João Havelange e além do comando deve ter herdado também alguns cacoetes. O futebol era só um detalhe, os interesses escusos elaborados nos porões da ditadura falavam mais alto, precisavam de alguém obediente, subserviente mesmo, cara-de-pau ao ponto de convocar o Dario para coadjuvar com as feras do Saldanha só para agradar o General. Seria esse o papel do Dunga, tomar conta do grupo como um xerife, sem discutir as ordens do chefe e principalmente sem questionar o sistema. Principal representante da era a qual dá nome, confirma os temores da maioria dos torcedores, convoca uma seleção de jogadores com características semelhantes às suas: duros na marcação e na cintura e com pouco talento para a criação e finalização. A despeito disso segue na direção do escrete canarinho, em parte pela forte proteção do chefe, por outra parte graças aos números francamente favoráveis à sua permanência, tipo “vocês vão ter que me engolir”.

Chegou à copa do mundo o Dunga evoluiu para a forma Zangado. Que nosso técnico não era exatamente um rapaz delicado, isso todos nós sabíamos, no começo até tentou ser elegante, chegou mesmo a ser ridículo agradável nunca. Que fatos suscitaram a mutação? O Dunga é um ser humano, portanto passível a defeitos e virtudes. Os eventuais defeitos apresentados não o desabonam enquanto cidadão, alguma teimosia, certa intransigência, atributos que casam com liderança, coerência e determinação, ou seja, suas virtudes superam em muito os seus defeitos alie-se a isso a sua coragem ao enfrentar a poderosa Globo, conquistou com sua atitude o meu respeito e a minha torcida incondicional. O Zangado agora é Mestre. Pra frente Brasil! Hexa com Dunga para desmoralizar essa corja mercenária.

sábado, 5 de junho de 2010

Pátria de chuteiras: assim descaminha à desumanidade.

Faltam seis dias. Hora de fazer prognósticos. Muita gente, alguns famosos, colhem o que não plantaram. Depois do acontecido, entram naquela: “Bem que eu disse!” Para não fazer coro com esses tipos externarei minhas expectativas.

Sou um torcedor canarinho incurável, por mais que discorde da convocação, do estilo do Dunga, do modus operandus do Ricardo Texeira, da herança retranqueira do Zagalo inevitavelmente roerei as unhas e terei palpitações a cada peleja, não acho que quanto pior melhor. Mas analisando friamente vejo que pelo menos dois adversários se apresentam com credenciais suficientes para reivindicarem o título: a Espanha e a Holanda, e entre as duas a primeira vem buscando essa conquista com mais afinco nos últimos anos. É impossível que grandes tradições do futebol mundial estejam amaldiçoadas a jamais vencerem, algum dia isso acontecerá e creio que esse dia está perto e antecipando o “sobrenatural de Almeida” prefiro vê-los campeões esse ano a ver um segundo maracanaço em 2014(se o mundo não acabar). A Argentina?! Não acredito que o Pibe de ouro venha a equacionar os egos inflados, a frescurite e outras milongas mais que acometem “los hermanos”, acho até que longe de ser a solução ele é um problema a mais. O Messi de fato é o melhor do mundo, contudo é catalão e o país o vê assim, que dirá a “panelinha do Boca”.

A seleção da CBF pode sim vencer, estão em jogo os interesses da Volkswagen, da Ambev e de muitos outros capitais, ou seja, motivo tem, e por mais que os cartolas possam vender resultados(lembram de 98? E de 78?) é possível que o jogador não cumpra o mau acordo. Dentro das quatro linhas ainda que desfigurado está o futebol brasileiro, arremedando a Itália de 2006 entrará com 10 atrás e um recuado, mas tem mais talento. Robinho, Kaká, Luís Fabiano ou outro menos favorecido poderão a qualquer momento decidir ao nosso favor e aí agente vai ter que engolir mais um puxa-saco esforçado que está ali por que um cara sério não se submeteria as ingerências hora políticas(70), hora econômicas(10) dos mandatários da nossa pátria de chuteiras. E assim descaminha à desumanidade.