quarta-feira, 27 de junho de 2012

São Pedro da Curriola Macauense

No próximo sábado 30/06 a Curriola Macauense estará promovendo o seu festejo junino. O evento será animado pela banda de forró "Cipó de Broxa" e está confirmada a participação especial de Dino França e Júnior Campos. É sugerido aos convidados que levem os seus comes&bebes e é costume da Curriola ratear os custos relativos a contratação dos músicos, entre os presentes..
A Curriola Macauense é um grupo de amigos e conterrâneos que nos reunimos para matar a saudade e manter viva a nossa cultura macauense. O evento está amplamente divulgado nas redes sociais, principalmente nos Grupos Cyber-Macau e Curriolas Macauenses, no Facebook. Para os macauenses que residem em Natal é a grande pedida do fim de semana que encerra os festejos juninos.




quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sobre as eleições da SAMBA

Biba Thompson

Se votar, em qualquer situação é um momento de reflexão, nessas eleições para a SAMBA, refletir se faz ainda mais necessário. O momento é ímpar pois as eleições acontecem num ano de sucessão no poder municipal, parceiro indispensável à toda ação cultural ou social que se proponha a ser feita no centro histórico da cidade. A SAMBA é uma entidade que tem, ao longo da sua existência, contribuído de forma direta e indireta na elaboração e aplicação de políticas públicas principalmente no setor cultural, mas não só. Desde a sua fundação, capitaneada pelo amigo Zizinho e outros tantos companheiros, a SAMBA entre altos e baixos vem cumprindo seu papel na luta pela preservação do nosso patrimônio arquitetônico, artístico e cultural. Na sua quarta gestão mantem-se viva, atuante e servindo ao seu propósito primordial. As dificuldades são muitas e, no dia-a-dia, os aliados são poucos. O Beco da Lama e suas adjacências sofre, como todo o resto da cidade, as consequências da desastrosa gestão da alcaide lepidóptera. A falta de sensibilidade administrativa, de aporte de recursos, de conhecimento da realidade e de vontade política agravou uma série de problemas existentes no local: limpeza pública, iluminação, uma política de saúde voltada para os moradores de rua seriamente acometidos de dependência química e o recente cerceamento das atividades de entretenimento impostas aos comerciantes do ramo de bebidas, principalmente no que concerne a execução da “música ao vivo”. A SAMBA é a expressão do que chamamos de sociedade civil organizada, co-partícipe no encaminhamento de soluções aos problemas estruturais da comunidade que representa, devendo portanto sugerir, cobrar e fiscalizar ações do poder público junto ao segmento que é representativa, devendo para isso, no seio da sua diretoria contar com os membros da associação que estejam habilitados a incorporar tais anseios e desenvolver as devidas prerrogativas.

As duas chapas que se colocam à apreciação da comunidade reúnem, ao meu ver, todas as condições necessárias a dar prosseguimento a história da SAMBA. Cada uma com o seu perfil, reúnem membros representativos e idôneos que legitimamente, reivindicam para si o privilégio e a responsabilidade da próxima gestão. Eu considero ser esta a mais dura decisão dos sócios desde a fundação e lembro que apenas duas, das quatro gestões, foram escolhidas pelas urnas. Zizinho e Dunga foram eleitos em assembléia, Ubiratan de Lemos e Lula Augusto fomos eleitos pelo sufrágio universal. A dificuldade da escolha reside no fato da semelhança dos perfis político-ideológicos das respectivas chapas e da igualdade do prestígio dos pleiteantes junto ao eleitorado, buscar as diferenças não é tarefa fácil e carece de uma análise detalhada e arriscada, pois implica em fazer julgamentos, nunca da vida pessoal, mas da vida pública dos que escolheram pedir o apoio público.

 

Nós da Samba Eu sou Biba

Diretor Executivo: Dorian Lima

Produtor cultural responsável pelos eventos Manicacas no Frevo e MPBeco. Foi diretor-cultural da gestão Beco-vivo e diretor de eventos da atual gestão. Esteve presente em todos os eventos do calendário cultural da samba, sendo responsável direto pela execução de vários carnabeco, pratodomundo e comemoração do dia da poesia, ente outros. Credencia-se a ser candidato pela experiência adquirida como diretor de pasta que agora pode ser convertida na Diretoria Executiva.

Diretor Executivo: Biba Thompson

Proprietária do restaurante Lá na Carioca e produtora Cultural participou da criação do Prêmio Angar. Membro ativo da comunidade, tem vocação para o social, demonstrada no cuidado voluntário que tem com os “bequianos”, destaco a sua dedicação ao maestro Mainha e ao poeta Bosco Lopes. Credencia-se a ser candidata pela constante presença em tudo que diz respeito ao Beco e adjacências e por estar comprometida com os aspectos sociais da comunidade.

Diretor adjunto: Ana Maria Guimarães

Foi uma das grandes incentivadoras do movimento do samba e choro na cidade alta, desde os tempos do chorinho no beco da assembléia legislativa, participou da criação do Buraco da Catita e apóia todas as artes.

Diretor adjunto:  Lenilton Lima

Fotógrafo, ativista social. Membro ativo da Samba e frequentador assíduo do beco. É um grande colaborador de todos os eventos e trás uma vasta experiência do movimento social.


Paparazzi é figura emblemática da comunidade.

Diretor de eventos: Severino Ramos

Sebista e produtor cultural, participou junto com a ASSEPO de várias edições da feira de sebos. Seu Balaika é ponto de encontro de artistas e intelectuais da cidade. Nome mais que qualificado para a pasta.

Diretor de eventos: Diego Queiroz

Produtor cultural, aluno do Curso de Produção Cultural do IFRN cidade alta. Já produziu diversos eventos musicais ligados ao Reagge e ao Rock'n Roll, comerciante de livros usados é morador da cidade alta desde criança, conhece como poucos a realidade do bairro.

Diretor Cultural: Rafael Duarte

Jornalista, amante do samba é uma grande aquisição da comunidade. Sempre presente nos eventos culturais, faz da sua coluna uma trincheira em defesa do centro histórico.

Diretor cultural: Paulo Jorge Dumaresq

Teatrólogo, ator, escritor, morador da cidade alta. Trás consigo a experiência do teatro, além de ser conhecedor de arte. Também é figura presente em todos os eventos.

Diretor para assuntos sociais: Alex Gurgel

Jornalista e fotógrafo, foi candidato a Diretor Executivo da Samba e é Presidente da APHOTO. Morador da Cidade Alta convive e conhece os problemas locais. É responsável pelo blog Grande Ponto, de onde colabora diretamente com a cultura da cidade.

Diretor para assuntos sociais: Pedro Abech

Comerciante, músico amador, marcou época com seu Bar Abech Pub, onde foram revelados valores como Krhystal. Foi membro do conselho consultivo da SAMBA na gestão Beco-Vivo, morador antigo do bairro também é profundo conhecedor da realidade local.

Diretor para assuntos da juventude: Paulo Eduardo

Comerciante, morador da cidade alta, Paulinho de Nazaré foi co-responsável pelo sucesso da “Quinta Viva do Samba”, evento independente que trouxe à comunidade gente jovem que “não deixa o samba morrer.”

Diretor para assuntos da juventude: Cefas Carvalho

Jornalista, frequentador assíduo das adjacências, blogueiro e ferrenho defensor da nossa cultura “bequiana”. Já foi candidato a diretoria da SAMBA.

Tesoureiros: Ana Flávia Spinelli, Ceiça Lima e Vanessa Amélia
Secretários: Renan Ribeiro, Venâncio Pinheiro e Camilo Lemos
Conselho fiscal: Fábio Atayde, Fernando Wanderley e Oswaldo Ribeiro
Conselho consultivo: Christian Vasconcelos, João Batista de Lima Filho (Zizinho), Terto Ayres (Cabrito), Júlio César Pimenta, Hélio Marques e João Barra

Tesoureiros: Alberto Alcântara Lopes, Wilson Duarte Costa e Marcelo Borges 
Secretários: Neide Monteiro, Manoel Fernandes Volonté e Plínio Sanderson
Conselho fiscal: Romildo Soares, Sandra Vila, Mozart Neto, Cláudia Andressa de Sousa, Maria do Socorro Queiroz
Conselho consultivo: Eliade Pimentel, Civone Medeiros, Franklin Serrão, Alexandre Henry, Marcelo Biagioni

Somente por uma questão de respeito ao leitor, para não ser tão cansativo descrever as minhas impressões sobre cada nome, destaco na chapa Nós da Samba a presença de um dos seus fundadores e primeiro Diretor-executivo, nosso amigo Zizinho, militante incansável das causas populares e de permanente atuação; é um dos responsáveis pelo Grupo Nós do Beco que tem dado uma grande contribuição a vida cultural da cidade alta. Na chapa “Eu sou Biba” destaco a presença do meu amigo Plínio Sanderson, que foi diretor cultural na gestão de Dunga e é um dos idealizadores do Pratodomundo. Plínio é um baluarte da cultura natalense, de grande capacidade empreendedora e larga experiência na produção cultural, é sem dúvida um nome de peso. Outro nome que deve ser destacado é o de Neide Monteiro, ou Neide do Bar da Meladinha. Não há lugar mais simbólico no Beco da Lama que o bar da meladinha e nossa amiga Neide, junto com Marcelo Veni deram uma grande lição a todos nós que fazemos ou já fizemos parte da SAMBA, promoveram o mais significativo calendário de eventos da comunidade e tiveram como recompensa o lacramento das suas portas. Mas, dentro da lei, Neide resiste, e essa resistência não deve se restringir a indivíduos, deve ser encampada por toda comunidade, ou pelo menos pela sua entidade representativa.

Como podemos ver não é uma decisão fácil. Se fosse me utilizar de critérios pessoais, sinceramente, votaria em branco. O voto branco significa o tanto faz, para mim quem ganhar fará um bom trabalho e contará com o meio apoio e participação. O voto nulo significa nenhum nem outro e é o anti-voto. Então diante da escolha: fortalecer uma política cultural que já faz parte do calendário da cidade dando-lhe sangue novo, com gente nova comprometida com um projeto que vem se repetindo fazem seis anos, ou praticar o exercício democrático da alternância dando uma oportunidade a um modus operandi diferente do atual que aponte para uma perspectiva de ampliação das ações da samba além dos limites da realização de eventos, que proponha uma ação inclusiva aos menos favorecidos, nossos convivas de rua, e cumpra o que eu gostaria de ter cumprido e não o fiz: Voto Biba!

Espero que após as eleições, a Sociedade dos AMIGOS do Beco da Lama e adjacências, continue sendo uma Sociedade de Amigos, que os desgastes da campanha, que as palavras ditas e escritas possam servir ao amadurecimento de todos e que a vida continue, sem prejuízos nas amizades, no espírito de colaboração e na defesa do patrimônio, artístico e cultural da nossa cidade.